quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vai e não peques mais

João 8:1-11

"E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? "Perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele pois que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire a pedra contra ela.
Uma mulher foi surpreendida em adultério.
O texto narra Jesus no templo ensinando o povo que o seguia. Então surge dentre a multidão os escribas e fariseus acusando uma mulher que foi flagrada pecando. Certamente envergonhada e atemorizada, pois bem sabia o que lhe esperava. Que sentimentos lhe ocuparam o coração naquele instante? Em pé perante Jesus e rodeada por pessoas estranhas, esperando sua condenação: pedradas. Com que surpresa ela não deve ter recebido as palavras de Jesus a ela dirigida: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?(João8:10). Sua resposta foi: "Ninguém, Senhor." Imediatamente Jesus diz: "Nem eu tão pouco te condeno." (João 8:11)
Uma frase que Jesus falava em várias ocasiões: vai e não peques mais...Ele falou isso a quem curou, a quem perdoou.
Mas havia uma persistência da parte dos escribas em importunar e testar Jesus com seus argumentos. No entanto, Ele os surpreendia com suas respostas, e verdades a respeito de Deus.
Uma pergunta impertinente; Vocês que são tão bons em procurar pessoas que estão caídas pelas sarjetas da vida, vocês não tem nenhum pecado semelhante ao desta mulher? A vida de vocês está isenta de tropeços? Cristo censura os hipócritas que são lenientes com os seus pecados e severos com os pecados dos outros. (Calvino)
O objetivo de eles mencionarem a lei de Moisés era apenas artifício para praticarem seus próprios desejos. É como se dissessem: mas ela pecou, e precisa pagar por isso. Em Mateus 9:13 diz; Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento.A atitude de Jesus em relação aos fariseus é inversa. E o motivo é que o sentimento de justiça que o ser humano possui é distorcido por causa da sua incapacidade em julgar correctamente todas as coisas, principalmente por causa do seu pecado. A despeito deste fato, há um continuo julgar de nossa parte para com aquelas pessoas que caíram em alguma falta, seja de qual natureza for. O nosso julgamento é quase impiedoso. Muitas vezes, nós, não hesitamos em confessar os pecados do outro, mas não agimos da mesma forma com respeito a nossos pecados. Ou justificamos os nossos pelos dos outros.Ao recebermos Jesus, somos justificados e livres de toda e qualquer condenação. Somos justificados, libertos, limpos. Porém nós nos esquecemos disso, nos deixamos ser levados pelo sentimento de culpa. Nós mesmo não conseguimos nos perdoar e achamos que Deus não nos ouve mais e nos sentimos distantes. Apalavra de Deus diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça.(Rm 8:12). E não importa de onde venha a acusação, ela não é válida. Receber o perdão de Cristo é o primeiro passo para uma transformação de vida. Ele nos convida... venha, seja livre.
Independente de ter cometido adultério, aquela mulher vivia no pecado. O adultério era mais um de tantos outros. Sua vida vazia e sem propósito buscava algo que a pudesse preencher. Devemos nos lembrar que todo homem é pecador, não é só o adúltero, o ladrão, o homicida, o alcoólatra ou o viciado. Todo homem ainda não liberto pelo sangue de Cristo, carece de se arrepender de seus pecados sejam eles quais forem.
O processo de remoção de pecados as vezes é demorado, mas por trás disso há o propósito de Deus. Os fariseus e escribas diziam a respeito da lei de Moisés, mas Jesus nos trouxe a nova lei. A do perdão. Por isso, "setenta vezes sete" é uma aprendizado. Precisamos entender o caráter de Deus: Amor, misericórdia, justiça.
"Muitas vezes permitimos que nosso coração se afaste dos propósitos do Senhor. Com o tempo, abrimos nosso coração para dúvidas, medo, falta de confiança e falta de fé. É quando o Espírito Santo, nosso Consolador, nos lembra que não devemos perder a Palavra dele de vista, pois ela é saúde e vida para nosso homem espiritual enfraquecido. É por meio dessa Palavra que aprendemos a proteger o coração das lutas de todos os dias."(Jéssica: http://abracodosenhor.blogspot.com/)
Esses poucos versículos de João 8 nos fala muito sobre o amor de Jesus, e qual seu propósito para o homem. Antes de seu sacrifício, ele demonstrara seu grande amor, misericórdia, e bondade. Jesus mesmo tendo o poder de julgar, não o fez. Quando Jesus disse: "Nem eu tão pouco te condeno; vai e não peques mais...", estava ao mesmo tempo perdoando e libertando-a para continuar sua vida. "Isto é justificação: é o ato simultâneo de perdoar e promover o pecador arrependido, do estado de condenação a salvo pela graça de Jesus. Assim, na justificação, nós recebemos o poder habilitador para viver uma vida santificada." (Gilson Medeiros)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

JESUS, A FONTE DE ÁGUA VIVA!



A água representa 70% do peso corporal de uma pessoa. Por isso, sem alimento uma pessoa até pode resistir por 40 dias, mas sem água, por apenas três dias. A falta de água no organismo reduz o volume de sangue, provoca perda da coordenação motora, desmaios e cãibras. Há estimativas da ONU de que anualmente, 5 milhões de pessoas no mundo morram em decorrência de enfermidades causadas por água contaminada. Todas as pessoas necessitam beber de 2 a 3 litros de água por dia!

Existe uma sede que é da alma, uma sede que somente pode ser saciada em Jesus Cristo.
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. (João 4:14)
Assim como tudo o que vivo depende da água para viver e existir, nós necessitamos da água espiritual que Jesus nos oferece.
Sl 42:1,2 diz:
Como suspira a corça pelas correntes de águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? Sl 63:1 Ó Deus, tu és o meu Deus Forte, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti, meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água.
A necessidade que temos de saciar a sede física é a mesma necessidade que nosso espírito senti com relação a palavra de Deus e de sua propria pessoa.
Deus se revela atravez de sua criação. Desde as mais "simples" até as mais grandiosas e estravagantes .
Analizemos mais um pouco a água.

"Nada no mundo é tão suave e maleavel como a água.
No entanto, para dissolver o duro é flexível.
nada a vence. O suave supera o duro; o gentil supera o rígido; todos sabem que isso é verdade,
mas poucos a põem em prática". (Ghandi)

Quando Jesus faz referecia a água, como nos versículos de João 4:14 e 7:37-38

"Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna."
"E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. 38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre."
Ele fala dele mesmo. Da vida que há nele. Ele é a fonte da vida, o rio que carrega em si paz, alegria, amor, e esperança. Como lemos em joão 7:38, Jesus diz: quem crer em mim, do seu interior fluirão rios de água viva. Nós não apenas passamos a ser depósitos de água, mas também canais de vida.

"O bem supremo é como a água; que alimenta todas as coisas sem esforço. Ela se adapta a todo ambiente, se contenta com os lugares mais baixos que as pessoas desdenham." (Ghandi)

Deus quer nos usar como canais de seu rio. Devemos ser como Jesus foi, como Ele é. Doce, amavel, puro, humilde. O Espírito Santo é refrigerio para nossa alma. Se estamos nos sentindo vazios, acheguemos então a Ele. "E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida." Ap. 21:6.
Clamemos. "Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! 2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?" Sl. 42.1-2
E Ele nos dará. "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida."
Ap. 22:17
Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.Sl.46:4
O Espirito Santo do altíssimo Deus habita em nós. Somos morada dele. Levemos então dessa Água os que tem sede e nos dediquemos a preservá-la em nós.

Mas a água, apesar de se adaptar a lugares baixos e desprezados pelos homens, tem o poder que não é conhecido pelas coisas duras e quebradiças além das fronteiras e por baixo dos muros divisórios. Seu fluxo suave, acaba dissolvendo as rochas e levando embora as orgulhosas montanhas que pensam ser eternas.


Graças a Deus pela água da vida que inundou nossas vidas!

sábado, 4 de abril de 2009

Dar o melhor

Deus como Pai de infinito amor, nos deu seu filho, o melhor dele, o que Ele tinha de mais valioso.
E nos tem dado todos os dias provas do seu amor por sua grande misericórdia.

O livro de Malaquias, nos ensina que o nosso Senhor merece a preeminência de nossas vidas. Ele é bastante conhecido como o livro que fala sobre os dízimos e ofertas. O Senhor dá uma linda promessa para aqueles que forem fiéis no que diz respeito a desenvolver ao Pai as nossas primícias; aquilo que dele mesmo recebemos para mantimento de nossa vida(Ml 3:10).
Mas se lermos seu inícios, percebemos que Deus usa o profeta Malaquias para exortar os sacerdotes no que se referi ás ofertas entregues ao altar por eles.

Com certeza, estava acontecendo alguns "probleminhas" naquele tempo. No capítulo 1, a partir do verso 6, Deus dá uma dura palavra aos sacerdotes, pois os mesmo estavam oferecendo a Deus as obras no lugar das primícias. Veja o que disse o Senhor: " O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou o senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. É vós dizeis: Em que nós temos desprezados o teu nome?"
Os sacerdotes da época, aqueles escolhidos para servir ao Senhor diretamente no lugar Santo e no Santo dos Santos, estavam entregando no altar de Deus sacrifícios e ofertas que não serviam para o Senhor. Por mais que eles achassem que estavam fazendo a ele. Se continuarmos a ler o capítulo 1, veremos os seguintes versos: "Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível. Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o enfermo, isso mão é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? Diz o Senhor dos exércitos". (v.7-8). Nesse aspecto vemos que os sacerdotes estavam desobedecendo ao Senhor.

Muitas vezes nós não enxergamos nossos erros, não reconhecemos a soberania de Deus. Nesse ultimo trecho Deus diz que se forcemos dar as ofertas as nossas autoridades com certeza faríamos o melhor, não mediríamos esforços.
Como temos demonstrado nosso amor por Deus?
De que forma e o que temos lhe ofertado?
O que seria de nós se Ele nos retribui se segundo nossas obras?
(Salmos 103:10) Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniquidades.
Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.(2 Timóteo 2:13)

Desde o livro de Gênesis, o Senhor pede que lhe entreguemos como oferta as primícias, o melhor do gado, da terra. A oferta de Abel, por exemplo, foi aceita pelo Senhor porque ele entregou a preeminência, o melhor para Deus. Caim, por sua vez, deu também uma oferta, mas não era a melhor (Ge.4:1-6).
Os sacerdotes do templo de Malaquias, haviam se "esquecido" disso e estavam oferecendo pão embolorado e animais cegos e coxos como oferta ao altar do Senhor(v.13). Para eles, não importava a oferta; importava o ato de entregá-la.
Ás vezes nos pegamos em situação semelhante. Entregamos a Deus qualquer tipo de oferta e achamos que estamos fazendo um "favor" a ele. Talvez você possa dizer: "Mas Deus conhece o meu coração". é verdade! Mas não podemos usar da oniciência do Senhor para justificar nossos erros. Será que realmente estamos fazendo um "favor" para aquele que tem todo poder de criar e de fazer qualquer coisa? Será que o que importa realmente é mostrar que estamos fazendo, não importando como?

Quando estamos apaixonados por alguém fazemos de tudo para agradar a esse alguém. Se for preciso dar um presente, isso fica mais evidente ainda! Se pudéssemos, daríamos um carro 0 km á pessoa amada, ou qualquer outro presente que agradasse o seu coração, não é verdade? Seria impossível demonstrar que amamos alguém dando a ele ou a ela algo estragado, ou de péssima qualidade. Por que damos a Deus as sobras?

Que como sacerdotes do Senhor, possamos dar o nosso melhor a ele!
Que realmente o Senhor possa estar no centro no nosso coração. Que possamos lembrar qual oferta temos oferecido ao Senhor e, verdadeiramente, voltado ao primeiro amor!